Sinopse
O Alienista é uma célebre obra literária do escritor brasileiro Machado de Assis. Para alguns especialistas, trata-se de uma novela, outros o consideram um conto. A maioria dos críticos, porém, considera a obra um conto mais longo, por causa da sua estrutura narrativa.
Publicado em 1882, quando aparece incorporado ao volume Papéis Avulsos, havia sido publicado previamente em A Estação (Rio de Janeiro), de 15 de outubro de 1881 a 15 de março de 1882.
Simão Bacamarte é o protagonista. Médico conceituado em Portugal e na Espanha, decide enveredar-se pelo campo da psiquiatria e inicia um estudo sobre a loucura e seus graus, classificando-os. Instalou-se em Itaguaí, onde funda a Casa Verde, um hospício, e abastece-o de cobaias humanas para as suas pesquisas. Passa a internar todas as pessoas da cidade que ele julgue loucas; o vaidoso, o bajulador, a supersticiosa, a indecisa, sendo que na verdade eram apenas comportamentos, às vezes, estranhos. Durante a trama, a opinião das pessoas sobre a Casa Verde irá mudar inúmeras vezes, por vez apoiando Simão Bacamarte, e por vez querendo matá-lo. Tão revolucionária foi essa história que a Casa Verde chega a mudar até a política da cidade.
O que esse livro faz florescer> Li aos 16 anos e me fascinei com o enredo desse livro. Esse livro é um clássico, pois hoje ele continua a fazer sentido. Num mundo de rótulos psiquiátricos e crenças no racionalismo e no cientificismo, esse livro é uma grande lição. Ele nos mostra que, ao tentarmos procurar classificações para a loucura, acabamos nos tornando loucos, e que a crença cega na ciência á tão ou mais perigosa que a fé cega. O cientificismo pode causar fanatismo e, muitas vezes, causa prejuízos.
Esse livro me faz pensar que, muitas vezes, os "rótulos" de gênero psiquiátrico não devem ter mais importância que a naturalidade do princípio de diversidade que a vida humana deve ser. Tentar estabelecer um padrão gera a verdadeira loucura.
Tatyana Casarino
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